Aquecimento global: relatório da ONU diz que é agora ou nunca para impedir extremos climáticos
Cortes drásticos no uso de combustíveis fósseis, mais florestas e menos consumo de carne são algumas das ações defendidas pelo IPCC
Cortes drásticos no uso de combustíveis fósseis. Mais florestas e menos consumo de carne. Essas são apenas algumas das ações necessárias nesta década para conter o aquecimento global em 1,5 graus Celsius acima das temperaturas pré-industriais, afirmou um importante relatório da agência de ciência climática da ONU ontem (4).
Apesar de alertas às mudanças climáticas emitidos pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em português) desde 1990, as emissões globais continuaram a crescer na última década, chegando ao seu ponto mais alto na história.
O resultado: as emissões globais estão a caminho de passar do limite de 1,5 graus Celsius previsto no Acordo de Paris de 2015 e chegar a 3,2 graus Celsius até o fim do século.
“Deixamos a COP26 em Glasgow com um otimismo ingênuo, baseado em novas promessas e compromissos”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, na publicação do relatório.